Residência - Nashi

A casa é comum a todas as residências de Suna, com um estilo barroco e arquitetura que lembra um grande jarro. A casa é mobiliada e possui alguns quartos extras, que funcionam como oficinas para a montagem e manutenção de marionetes.

Representação simbólica:

Logo após voltar com as compras das lojas, segui para meu quarto. Meus pais olharam para as sacolas e logo descobriram do que se tratava, então, sabiam que eu não queria ser incomodado. Assim que cheguei no quarto, fechei a porta e a tranquei por dentro, assim, ninguém iria me atrapalhar.

O interior de meu quarto era repleto de peças pequenas de marionetes, como cabelos, cabeças, olhos, dentes, etc. Me sentei em uma cadeira e fiquei observando a marionete completamente despida na minha frente. Aquela era minha marionete inicial, dada para mim quando me formei na academia. Agora era o momento de torná-la única e memorável. Uma arte única e especial, capaz de transcender os séculos. Dei várias voltas ao redor da marionete, até perceber o quão básica ela era. Mexendo em um grande baú, encontrei uma cabeça de marionete com boca articulada e capaz de alojar mecanismos ou armas, exatamente igual a de minha marionete. Com uma pequena faca, entalhei na noca daquela cabeça o símbolo de meu clã, em seguida, com um forte puxão, retirei a cabeça da marionete e substituí pela nova, completamente reformada. Com um prego de tamanho pequeno para médio e um martelo, fiz pequenos furos na cabeça da marionete, sempre bem próximos um do outro. Em seguida, usando uma agulha com ponta encurvada, comecei a preencher os furos com tufos de cabelo castanho. Finalizei a parte estética medindo dois olhos de vidro de íris castanha que possuía dentro de meu baú e então, cortei pedaços circulares de madeira no local onde ficariam os olhos, transformando o local em um espaço oco. Valendo-me de uma lixa, comecei a trabalhar naquele pequeno espaço, para deixar o mais nivelado possível e, assim, fixar perfeitamente os novos olhos que possuía. O encaixe dos olhos foi perfeito, ficando tão bom que não sairia com tanta facilidade.

Após isso iniciei a tarefa de implantar as armas. A primeira peça a ser colocada foi o mecanismo lançador de senbons. Com o auxílio de algumas ferramentas, consegui escavar um espaço perfeito para o mecanismo na boca da marionete, de modo que a mesma não caísse ou saísse do lugar, quando a marionete se movimentasse, logo após, inseri as trinta (30) senbons que havia comprado. O mecanismo lançador de bombas foi o segundo. Fixei o mesmo na junção do braço com o antebraço esquerdo da marionete. Devido ao espaço curto, o mecanismo se encaixou e fixou de modo a não sair com facilidade. Ali, no mecanismo do braço, inseri as seis (6) bombas de fumaça que havia comprado. O último item a ser colocado na marionete foi as adagas dobráveis. Inseri as mesmas nos pulsos da marionete, escondendo-as no interior dos mesmos. Com um comando simples, uma pequena abertura nos pulsos da marionete aparecia e as adagas se desdobravam, transformando-as em poderosas armas escondidas. Finalizei minha criação adicionando a marionete o bastão de madeira que havia comprado. Ele seria usado como uma arma de mão. Para a vestimenta, utilizei uma manta comprida, de cor vermelha com detalhes em dourado. A manta era tão grande que conseguia cobrir a marionete por inteiro, porém, sem ocluir seus membros ou qualquer outra parte de seu corpo.

Levou muito tempo e dedicação, porém, ela estava pronta. Olhei para minha criação, minha primeira marionete e sorri. Ela tinha ficado muito bonita e estava dotada de armas letais. Tudo o que restava agora era dar um nome para a marionete, porém, não poderia ser qualquer nome, deveria ser um nome que representasse sua importância e seu potencial. Não demorou muito e um nome me veio em mente, era imponente e eu gostava mais dele cada vez que o repetia.
-- Bem vindo a família Chikamatsu e a minha coleção. A partir de hoje você passará a se chamar Kilik.

Envolvi Kilik, juntamente com seu bastão, em uma faixa de crepom, até que o mesmo adquirisse uma aparência mumificada. Guardei o mesmo no meu armário de marionetes e, logo após, sai de meu quarto para ir até a sala.

Marionetes:

Após um dia atribulado, finalmente chego em casa. Subo direto para meu quarto e lá permaneço. Tomo um banho, visto uma roupa confortável e deito na cama para dormir e logo começo a sonhar.

Após uma noite muito boa de sono, me levanto completamente revitalizado. Realizo minha higiene pessoal e logo vou até a cozinha comer alguma coisa. Depois de um almoço reforçado, me despeço de minha mãe e já com meu dinheiro no bolso, sigo em direção ao centro comercial.

Chego em casa com meus materiais e logo vou para meu quarto. Coloco tudo no pequeno local onde funcionava como minha oficina e então me sento na cadeira que estava próxima de mim. Fico observando os materiais que comprei, bem como a marionete nua e sem nenhuma modificação. permaneci estático e pensativo por muito tempo, até que, finalmente, decidi iniciar a criação de minha segunda marionete.

Iniciei minha criação entalhando na nuca de minha marionete o Símbolo de meu clã, depois, fiz pequenos furos em sua cabeça onde coloquei seu cabelo e orelhas protusas. Logo após fiz aberturas na parte dos olhos, com o auxílio de lixa, martelo e picareta, criando uma cavidade onde pude introduzir olhos de vidro. Em seguida inseri em sua boca a lâmina retrátil, junto com um dispositivo para exteriorizá-la e interiorizá-la conforme minha vontade. Fixei bem esta peça, a fim de torná-la letal. Também tornei a articulação do pescoço da marionete um pouco mais fácil ser retirada, caso necessário. O passo seguinte foi inserir nos braços aberturas para que as lâminas curvas pudessem ser ejetadas. Com o auxílio de lixas, martelo e picareta pequena, consegui criar um compartimento na porção lateral do antebraço da marionete, com um sistema de abre/fecha, para que, assim, as lâminas pudessem ser exteriorizadas. Inseri as mesmas no compartimento recém-criado, fixando-as de modo que não se soltassem ou caíssem. Elas ficaram dispostas aos pares, sendo um par em cada braço e uma lâmina em cima da outra, semelhante a uma garra. Por fim, coloquei as tonfas de madeira nas mãos da marionete e cobri a mesma com um manto de cor marrom acinzentado.

Assim que finalizei minha criação, fiquei olhando para a mesma, a fim de dar-lhe um nome. Percebi que se assemelhava muito a um esquilo, um pequeno animal roedor.
-- Seja bem vinda a minha coleção. A partir de hoje você passará a se chamar Risu. - disse, envolvendo a mesma em faixas de crepom.

Após criar Risu, organizei o local onde criava minhas marionetes e então saí de casa levando minha mais recente marionete.

Marionete: