[Residência nº 553]

Uma pequena e aconchegante casa estabelecida em um dos extremos do centro residencial, beirando o rio Naka. Aqui reside Nagashi, um dos membros remanescentes do clã Senju e shinobi de Konoha. Por localizar-se em uma região mais isolada das demais residências, é cercada pela flora local, dando um aspecto mais natural ao lugar, sendo um dos motivos que fizeram o garoto decidir morar aqui.

A fundação da morada foi construída alguns centímetros acima do solo para evitar possíveis alagamentos em seu interior que poderiam ser causados por futuras enchentes. O lar do ninja conta com uma pequena sacada em frente à porta de entrada, coberta pelo telhado, sendo esta a área onde Nagashi costuma frequentar quando quer aliviar sua mente do estresse. Internamente, dispõe-se de uma sala conectada à cozinha e à um corredor, que por sua vez leva até o único quarto e banheiro da casa. Todos os cômodos têm um toque bem rústico, adequando-se ao gosto pessoal do dono.

A propriedade também conta com um bom terreno. O quintal dá acesso à um bosque rico em vida, reunindo uma boa quantidade de árvores e animais, além de um córrego que passa por ali, tornando o espaço um ótimo ponto para meditação e afins.

Finalmente em casa após sua primeira missão, Nagashi ainda tinha disposição e energia suficientes para treinar. Estava determinado a melhorar, não tinha desculpa que o faria mudar de ideia. Essa ambição toda por poder se originava em seu desejo de superar todos os seus ancestrais, incluindo os três hokages que carregavam o nome de clã. Talvez essa motivação será a sua ruína, ou talvez a sua salvação. Só o tempo dirá.

Já estava escurecendo e, por isso, o jovem Senju resolveu não perder tempo. Já no quintal de sua propriedade, mais precisamente no bosque contido nele, observava o fluir da água pelo córrego que cortava o solo. Se aproximou, flexionando os joelhos, sentava-se na margem do pequeno riacho. Fechava os olhos lentamente, suspirando conforme o fazia, transmitindo seu momento de paz interior através de seu semblante, inspirando e expirando compassadamente. Sempre lhe fora dito que uma mente saudável era tão importante quanto um corpo saudável, portanto, não seria difícil deduzir que o shinobi estava meditando, agora atentava-se somente ao som produzido pela fraca correnteza do fluxo de água diante de si, buscando aumentar ainda mais a tranquilidade que prevalecia em sua mente. Permaneceu desta maneira por mais alguns bons minutos, até que abria os lumes outra vez, deparando-se novamente com a paisagem já conhecida por ele.

Tinha começado a ventar, a brisa era forte o suficiente para esvoaçar seus pálidos fios de cabelo, também entremeava as folhas das árvores ali enraizadas, criando uma bela canção junto ao uivo do vento, típica do fim de tarde. Levantou-se, agora que seu psicológico estava exercitado, partiu para outro treino. O controle de chakra de Nagashi não era ruim, mas havia espaço para melhorar, estava longe de ser digno do título de mestre na área. Sabendo disso, concentrou uma pequena porção de chakra em ambos seus pés, assim caminhando sobre a água que escorria. O ninja já tinha dominado essa técnica em seus tempos de academia, era simples, porém, agia como um bom aquecimento para algo mais complexo. Seus passos sobre o líquido eram inicialmente calmos e vagarosos, porém, aumentava a intensidade deles conforme o tempo passava, até que começou a correr. Passado esse momento, decidiu que era hora de parar.

Aquecido, voltou à terra firme, pensando no que fazer em seguida. — Pode ser uma boa hora para testar aquilo. — Cogitou, referindo-se à uma técnica que tinha bolado. Ele não tinha certeza se daria certo, ou se seria eficiente, isso ele só descobriria se tentasse, obviamente. Sua expressão mudou, mais uma vez estava concentrado. Gesticulou as mãos, formando três sinais específicos em frações de segundos, permitindo-lhe moldar seu chakra da forma que desejava. Subsequentemente, utilizava da terra e água circundante para criar uma estrutura feita de mokuton, sua forma remetia à de uma mão, embora fosse de um tamanho maior. Manipulava a sua criação livremente, testando seus limites, até que resolveu desfaze-la. — Até que não é nada mal. — Deduzia a partir do que presenciou.

Técnica treinada:

Depois da sessão de treinos, entrou em casa, despejando-se na cama até pegar no sono.

Acordou, e depois de uma rápida refeição, saiu de casa.