Hospital de Kumo

Era de manhã, estava animada para começar um dia com um novo treino. Adentrava o hospital já procurando por Benimaru, o sensei pelo qual simpatizava, através de uma das atendentes na recepção. Eu já era conhecida ali de forma que ajuntava as mãos pedindo para que ela o chamasse para continuarmos o treino.

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Novamente, crucial para uma boa execução do treino e evitar falhas necessárias durante as execuções das tarefas o professor me instrui para que aqueça meu chakra e me prepare para as suas lições. Calmamente me sento no chão sobre meus joelhos buscando permanecer confortável e inerte, meus olhos se fecham escondendo o tom rosa vivo e brilhante e minha mente divaga para o subconsciente. Os sons das pessoas transitando do lado de fora da sala lentamente se afastam de meu foco, e em segundo plano se perdem de minha atenção - apenas a sala é importante.

Sinto o fluxo vivo de chakra que corre em mim assim como gotas de chuva que deslizam sobre minha face na chuva, natural e fluído de modo que me sinta na direção de meu interior. Um leve impulso, um pouco de chakra que vaga calmamente até que se acumule em minhas orelhas se manifesta. Não de forma forçada, mas sutil e calmo se amontoa ali aos poucos aguçando minha audição para as coisas que estavam por perto.

O som da caneta do sensei sobre o papel, sua respiração aparente mais preocupada que o normal visto que diferente de sua abordagem alegre hoje permanece mais sério e concentrado e até o tilintar suave dos óculos ao serem ajeitados durante sua leitura me soam como um mantra que acompanha minha meditação.

Leve, no controle, preparada são formas que me vem a mente como uma brisa suave da manhã carregando com sigo a umidade do mar e o toque gélido da areia fria. Meus olhos se abrem calmos, revelando novamente a cor cintilante que herdei de meu falecido pai e o chakra em minhas orelhas retornam a seu curso natural fluindo como um rios e seus mananciais enquanto me levanto.

Meus olhos passeiam um pouco pelos do professor, despertando um sorriso em minha face e um sinal com a cabeça informando-lhe que estava preparada para prosseguir no aprendizado do iryo ninjtsu.

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O sensei me chamava e eu o acompanhava em silêncio, passeando os olhos pelos arredores curiosa sobre qual treinamento lhe seria proposto. Não estava muito nervosa e confiava em sua direção, além disso, havia acabado de me acalmar de forma que sorria tranquila caminhando com as mãos apoiadas em meus bolsos.

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Adentrava junto de meu mentor em um local onde alguns pacientes repousam, tamanha responsabilidade recai sobre aquele que me coordena e pede meu auxílio no local ao mesmo treino que aplica treino em campo. Sua seriedade que dava inicio à nossa interação era justificada pela necessidade de tratar os enfermos.

Minha responsabilidade, por hora é apenas amenizar a dor de um homem deitado sobre o leito, tomado pelas queimaduras em seu braço. Concentro chakra em minhas mãos, o suficiente para que possa realizar o procedimento e me mantenho tranquila e concentrada em relação a aparência dos ferimentos abertos.

Suave e gentil, era como orientava meu chakra a agir durante o a aproximação do local. Como uma sensação fria que acalma a dor buscava amenizar o sofrimento do paciente, um toque da energia sobre o local sem que minhas mãos encostem agravando o quadro e distribuo o chakra medicinal no local lentamente para que meu papel seja cumprido.

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Me acalmo um pouco mais, não que me importe em ver a situação do homem visto que já presenciei ferimentos de igual escalão antes mas assuntos pessoais recentes me tiraram a calma por um breve momento de forma que não liberei a quantidade adequada de chakra.

Guio novamente o chakra por minha mão liberando-o de forma a amenizar a dor e acalmar o homem que se feriu em um acidente, sem culpa por qualquer tipo de violência e ainda assim apenas um infortunado. Propago meu chakro ao longo do braço acalmando a dor da melhor forma que posso.

A energia fluida corre bela e formosa por todo local cobrindo-o e lhe dando a sensação anestésica de caráter frio antes desejada, enquanto sorrio calmamente ao homem, caso este acorde, para que além de seu corpo possa oferecer alento ao seu psicológico.

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Após algum esforço em adequar meu controle de chakra vejo os efeitos se iniciarem, acalmando a dor do paciente para iniciar a tratar suas feridas. Compressas imersas em um líquido que o sensei trouxe seriam dispostas humidas e preenchidas por chakra para ajudar a sua recuperação.

Calmamente distribuo as compressas sobre as feridas tomando todo cuidado para não danificar a pele local, aproveitando-me do alívio gerado para que não haja desconforto no processo. Uma a uma as faixas de tecido são todas organizadas de forma que estejam distribuídas como coordenado pelo sensei e me sinto preparada para continuar o tratamento.

Me dê forças Zow zow

Assim como fiz antes, concentro chakra sobre minhas mãos e o distribuo a seguir ao longo dos panos, buscando uma sensação de alívio e paz como antes o fiz. A energia flui percorrendo meus braços até as extremidades de meus dedos para tomar forma medicinal sobre o tecido, tratando as queimaduras progressivamente e inibindo a sensação de dor do paciente.

Compressas prontas e chakra distribuído, retiro lentamente minhas mãos deixando sobre o local as tiras responsáveis por continuar progressivamente o tratamento. Passo minha mão esquerda sobre o cabelo da paciente o acalmando produzindo um som em minha garganta como uma suave instrumentação de ninar.

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O tratamento surgia efeito, o homem se acalmava e a ferida local estaria amenizada o suficiente para que não retorne a sentir desconfortos intensos e o restante dos cuidados não sejam de necessidade imediata de resposta. As faixas úmidas calmamente são retiradas, com extremo cuidado para que não esfole a pele frágil e é disposta em retorno dentro do balde que a armazenava.

A seguir, faixas secas seriam utilizadas para realizar o curativo do paciente evitando contaminação e pequenos choques que poderiam agravar o ferimento, dificultando sua recuperação. Primeiramente, com algum cuidado procurava no ambiente algum remédio para primeiramente dispor sobre o local, uma pomada que evita que a faixa se fixe sobre a pele durante a recuperação e ameniza o desconforto, encontrando-o e realizando as preparações prévias iniciaria o curativo com a faixa.

Em um movimento suave, dou uma volta sobre o pulso na horizontal e inicio a seguir um movimento circular diagonal, preenchendo com o minimo possível de tecido todo o local ferido para que não o prive de oxigênio. Volta atrás de volta, logo toda a extensão do membro está coberta por uma camada fina de faixa, permitido a respiração intracelular e evitando aproximação de corpos hostis a um ferimento como insetos ou choques leves.

Uma fita branca disposta sobre o final do curativo, sendo esta de fácil remoção posterior, visto que, o curativo deverá ser renovado periodicamente e se findaria o processo de isolar a área para evitar danos. Novamente, levo a mão em seu cabelo como se o parabenizasse pela força de suportar até ali e permaneço atenta a cada possível reação negativa do paciente.


Bom trabalho, neh Zow zow?

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Deixo o paciente tratado em mãos capacitadas e deixo o local, rumo a minha casa.

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Treino de Iryo-ninjutsu e Constituição mental

Retornava ao centro médico de Kumo, procurando o professor Benimaru para mais uma aula de Iryo através da recepcionista a qual sempre recorro.

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Treino de Iryo-ninjutsu e Constituição mental

Eu já teria tratado seres humanos com ferimentos profundos aquela altura, mas nada que se compare ao animal extremante ferido, não sabia em questão se o que havia lhe sido feito seria responsabilidade de um humano ou de um outro animal, o fato era que aquele tinha sido vítima de alguma ataque atroz e cruel e, aparentemente, Benimaru estaria precisando de ajuda com o tratamento dos animais como precisou antes - sendo aquela vila desprovida de veterinários, éramos os únicos capazes.

Me acalmo respirando profundamente, tento esvair meus pensamentos negativos e ordeno o silêncio de minhas armas naquele momento, não um pedido, mas um comando claro que não interferissem pois precisaria de concentração. Me aproximo novamente criando em minhas mãos o chakra médico que usara antes, a energia fluida capaz de reanimar, reestruturar aqueles que necessitam de tratamento. Minhas mãos se preenchem com aquela energia, limpo minha mente exaurindo tudo que estava ali criando uma sala branca e vazia em minha imaginação onde apenas eu e aquele animal estamos, concentrada em suas feridas.

Aproximo a palma de minha mão, espalhando primeiro a energia para agir como anestésico amenizando seu sofrimento e aliviando sua tensão para que possa iniciar o tratamento, com minha mão esquerda começo a emanar aquela energia nas feridas em seu dorso, calmamente, sem me apressar, evitando assim um erro possível. A energia se espalha no local, instigando o corpo a acelerar seu desenvolvimento natural e aos poucos as células se reconstituem, se ligam entre si, fechando a pele aberta e reconstruindo as partes dos órgãos internos que haviam sido desfiguradas. Não me incomodava com o sangue, tampouco deixaria que meu instinto sádico(passiva) assumisse minha mente naquele momento, apenas prosseguia até que não houvessem mais lacunas.

Terminando me levantaria, deixando fluir o ambiente em minha mente e voltando a ver Benimaru que antes estaria cuidando do hamster, próximo a ele estendo minha mão oferecendo ajuda em demais tratamentos e continuidade do treino.

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