Residência Aiko-chan

Nas extremidades da área residencial se encontra a casa de Aiko. Uma casa muito moderna para os padrões de Suno. É constituída basicamente de arenito, um material muito resistente. Seu telhado é pouco inclinado, quase tocando o chão. Tem poucas vegetações no seu entorno, como toda a vila de Suno. No seu interior são dispostos vários cômodos, inicialmente entra-se na varanda, depois vem a sala de estar, com um grande tatâmi pra treinamento, ao lado se encontra a sala de jantar, com uma mesa baixa que não necessita de cadeiras, e sim de futons para sentarem no chão. Ao lado está a cozinha, bem pequena mas com espaço suficiente para a família - de 3 pessoas, Aiko, sua mãe (Naomi) e seu pai (Kyoko). depois da cozinha tem uma corredor, quase que estreito, que se divide em vários cômodos:
O primeiro é o banheiro, com uma banheira para relaxar após os treinos;
Após vêm o escritório, onde os pais de Aiko trabalham e ela mesma estuda nas horas de folga;
Na sequência vêm os quartos de Aiko, o dos seus pais e o quarto extra. O quarto de Aiko é grande, com uma cama bem maior do que ela precisa, têm uma grande estante de livros na parede da direita e após uma mesa de estudos, que não é geralmente usada para estudar, Aiko deixa vários vasos com plantas. Seu quarto, por ter uma janela bem grande, funciona quase que como uma pequena estufa, as plantas reagem bem ali dentro.
O quarto dos seus pais é parecido com o dela, mas não têm tantos livros e plantas.
O quarto reserva era menor, continha apenas uma cama e um pequeno armário.
Saindo pelos fundos dá para se ver a incrível vista do seu quintal: Um enorme deserto orientado para oeste, com um por do sol estonteante.

Após sair correndo do campo de treinamento vim direto para casa. Mamãe e papai me cumprimentaram, já estavam jantando. Contei a novidade a eles, mostrei minha linda bandana, eles ficaram tão orgulhosos! Eu não sentia fome naquele momento, então me desculpei e pedi licença. Fui ao meu quarto, molhei minhas lindas plantas e me joguei na cama. Estava tão exausta, não havia percebido até aquele momento, que peguei no sono em poucos minutos.

Acordei com a luz do sol entrando pela minha grande janela e enchendo meu quarto de uma cor alaranjada, imagino que seja pela cor da areia la fora. Era bem cedo, não sei ao certo, devia ser umas 6:30 da manhã. Apurei um pouco mais o faro e senti uma gostoso cheirinho de chá, era óbvio que minha mãe já estava desperta, ela acorda antes que o sol pra poder nos fazer -pra mim e meu pai- um delicioso café da manhã, sempre acompanhado com chás da minha hortinha particular, digo, meu quarto. Levantei depressa da cama, fui ao banheiro, lavei meu rosto, escovei meus dentes e fiz minhas necessidades, saí dali rapidinho e fui direto pra cozinha da bom dia pra minha mãe.  
   - Bom dia mamãe! Que cheiro delicioso, suponho que seja chá verde, acertei?
Minha mãe acenou com um sorriso no rosto, ela adora quando exibo meus conhecimentos sobre ervas. Bom, sentei no futon que fica posicionado no chão, no canto da mesa, e tomei meu chá. Estava uma delicia, minha mãe o fazia tão bem! Comi frutas pela manhã, eu amava. Quando não eram frutas eram wafles. Limpei minha boca com o guardanapos, pedi licença a minha mãe e saí pra fora de casa. Que dia exuberante estava, não fresco pois o lugar não permitia muito frescor, mas perfeito para um bom treinamento, por o vento refrescava qualquer calor que eu viesse a sentir. Olhei para o horizonte, para a areia pensando como treinaria hoje. Fui liberada da academia por alguns dias, pela conquista recente de minha bandana, por isso estou tendo que trinar sozinha. Por falar em bandana, eu a havia esquecido no quarto. Corri pra dentro, para o quarto, peguei minha pochete e minha bandana e voltei a fazer o que pretendia. Pensei primeiramente em tentar meditar novamente, mas a vista ali não era tão boa quanto no campo de treinamento. Então decidi exercitar meu controle de chakra, treinando Bushin no Jutsu, já que na academia ninja eu não conseguia fazer mais que 2 clones meus. Comecei fechando meus olhos e pensando a sequência de selos e onde concentrar meu chakra. Continuei com esse exercícios de pensamento durante algumas longa inspiradas e expiradas de ar. Abri meu olhos de vagar, juntei meus pés e comecei o jutso. Primeiro o selo do Bode: Posicionei minhas mãos logo a frente do peito, fechei minha mão direita e coloquei a esquerda por cima, levantando os dedos indicador e do meio, com isso realizei o selo. Passei então para os próximos dois: a cobra, com as mãos entrelaçadas e o tigre, que é parecido com o do bode, mas apenas o dedo indicador elevado. Finalizando os selos já pude sentir o chakra fluindo mais fortemente dentro do meu corpo, então o canalizei e o dispersei para os lados, tentando dividi-lo em quatro clones. Fechei meus olhos com força, já esperando um fracasso, mas quando olhei para meu lado direito, e depois para o esquerdo, vi, em cada um dos lados, dois clones idênticos a mim e em perfeito estado. Fiquei imensamente feliz, percebi naquele momento que eu era capaz de muitas coisas, só bastava determinação e muito treino. Logo os clones sumiram e comecei a treinar novamente. Tive alguns fracassos, é claro, mas continuei tentando e melhorando meu chakra e meu jutso. Só fui parar quando ouvi ao longe minha mãe chamando pelo meu nome para o almoço. Soltei então minha postura rígida e comecei a caminha com passos leves, para casa. Olhei para minha bandana e vi nela um bom futuro, mas pra isso a bandana devia ser molhada com muito suor, pois pra ser uma boa ninja ainda tenho que trinar muito. Continuei andando de volta a casa, percebendo agora que eu estava mesmo com muita fome.

Abri a porta da minha casa e meu nariz se inundou com um cheiro maravilhoso de sopa de ervilhas que só minha mãe sabia fazer. Corri lavar minhas mãos e comer aquela delícia de almoço, não era muito tradicional para um país de calor intenso, no meio do deserto, mas eu amava - e acredito que mesmo que ela errasse o sal, ou algo assim, eu ainda acharia uma delícia. Limpei meu prato em poucos instantes, ajudei minha mãe com os afazeres e fui tirar um bom cochilo, para recuperar as energias. Acordei algumas horas depois, renovada. Ainda estava dia, então resolvi treinar algum jutso que eu já sabia, apenas para me aperfeiçoar. Fui para o quintal, no qual haviam algumas  árvores pingada, elas não gostava muito do clima daqui, mas algumas poucas sobreviviam, tinha raízes muito fundas, então conseguiam extrair aguá bem do fundo da terra.

Resolvi treinar o Kabenobori em uma das árvores do quintal. Comecei fechando meus olhos e respirando fundo várias vezes. Estiquei meus braços a frente do meu corpo e comecei a me concentrar com mais afinco, jogar o fluxo de chakra para as palmas das mãos. Não muito, mais também não pouco. O suficiente, como eu havia aprendido. Quando achei que era o certo, e que o chakra já estava "calibrado" para o jutso comecei a encostar minhas palmas das mãos na árvore. Consegui ficar por poucos segundos, como se tivesse ventosas nas mãos. Mas não era a quantia certa de chakra. Fiquei meio desapontada no começo, mas eu sabia que era assim, precisa de muito treino para ser um ninja, e até mesmo para fazer os jutsos mais simples, como o Kabenobori.

Me preparei novamente, estiquei meus braços, como as palmas das mãos mais firmes desta vez. Fechei bem meus olhos e comecei a distribuir meu chakra pelas palmas das mãos. Comecei de vagar e fui aumentando o fluxo, dessa vez coloquei mais que na anterior, e quando achei certo comecei a me inclinar para perto da árvore e a tirar meus pés do chão. Apenas fiquei la, grudada, como se houvesse ventosas em minhas mãos. Continuei concentrando o chakra aos poucos e, consegui assim, ficar muito mais tempo presa a árvore, diferente da tentativa anterior. Quando senti meus braços cansarem comecei a diminuir o fluxo de chakra das palmas das mãos e a colocar meus pés no chão. Quando estava de pé no chão já estava sorrindo. Me sentia muito melhor agora que havia conseguido ficar mais tempo, como se tivesse cumprido meu dever.

Fiz o treino mais duas vezes, como sucesso em todas. Parei pois meus braços estava cansados e a noite começava a vir. Senti que precisava ainda de mais treino, mas por hoje já bastava, estava contente com o ponto que havia atingido. Virei as costas para a árvore e fui para casa, já estava na hora da janta. Não estava com fome, então fui logo deitar, feliz por ter feito algo de bom hoje.

Considerações :