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Alvorecer Vermelho - Capítulo IV

Os rumores que cercavam as imediações de Amegakure eram incertos, de um canto a outro os moradores discutiam a reaparição dos nuvens vermelhas, um fato que ficara conhecido desde incidente no Castelo Hōzuki onde dois membros ressurgiram em nome da antiga organização. Preocupados sobre como isso afetaria o nome de sua aldeia, a inquietude era inevitável. As coisas ficaram piores com o término da última guerra ninja, o desolamento político e a falta de recursos obrigava os chefes dos países menores a tomarem medidas drásticas para se tornarem dependentes da aliança shinobi. Aquela saída única teria movido uma válvula de escape saudável para as pequenas nações se não fosse pelas intenções egoístas de quem estava no meio destes negócios. Entidades que se diziam diplomáticas aproveitaram do momento de fraqueza das menores nações para as anexarem ao seu território como colônias diretamente dependes dos gigantes do mundo shinobi. Konoha, Kiri, Iwa, Suna, Kumo, todos estavam envolvidos e nem mesmo Naruto era capaz de consertar tamanha exploração. Vendo de cima, ele era apenas mais uma peça no jogo, e como tal, estava destinado a se tornar o herói de alguns e o vilão de outros.

Fronteira de Kiri - Norte

Naruto Survival 4.1 :: Extremidades da Aldeia

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Fronteira de Kiri - Norte

Mensagem Postado por Survival 18/10/2017, 22:06

Fronteira de Kiri - Norte

A separação da aldeia com o resto do território do País da Água é marcada por elevações naturais de terreno e conjuntos de árvores, não há uma separação artificial notável que delimite com precisão a área, exceto por uma ou outra pequena cerca de madeira em alguns espaços da região. A névoa pode esconder trechos íngremes ou covas naturais que podem engolir com facilidade shinobis desavisados, porém, é à noite que o ambiente se torna ainda mais mortal.

Embora pareça ser desprotegida, há ninjas vigilantes por toda a extremidade da aldeia, eles se escondem entre rochedos e moitas, cobrindo na espreita os limites da vila. Qualquer um que tente cruzá-la sem autorização ou identificação será abordado hostilmente pelos guardas. Há dois turnos de vigilância (1° Manhã e tarde, 2° Noite e madrugada).

A aldeia se posiciona num nível inferior à suas bordas, se não fosse pela névoa, qualquer indivíduo que estivesse do lado de fora poderia ver com clareza o interior da mesma. Deste ponto é possível chegar rapidamente a Zona Central.

Survival

Re: Fronteira de Kiri - Norte

Mensagem Postado por Naoki 23/12/2017, 16:15

Trabalho

O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.

Tinha uma grande vontade de treinar um taijutsu que complementava minha última técnica treinada, por isso fui até aquele extremo da aldeia, ali me sentei um pouco ao lado de Jango enquanto refletia um pouco. Pouco mais tarde levantava-me, lia o pergaminho referente à técnica e então ia para próximo de uma árvore morta.

[+1 Força] [+1 Resistência] [+Taijutsu]

A lava começava a brotar pelos meus poros, o calor era mais incômodo do que me lembrava, meus olhos doíam com aquilo, era como se ficasse entre o calor mortal e a segurança, não me machucava severamente, mas a sensação era horrível. O corpo clamava para se afastar daquela gosma quente, entretanto estava impregnado com a mesma, sentia-me realmente mal com a situação, era como estar sofrendo uma insolação. Respirei profundamente enquanto sentava-me e começava a meditar, queria ganhar uma resiliência maior quanto a este calor excessivo que quase todo era redirecionado para o externo do meu corpo, precisava me acostumar, resistir àquilo caso quisesse ser forte.

Sentado continuava a sentir o calor, o suor não escorria, mas sim evaporava, começava a sentir sede, sabia que conseguiria me manter daquela forma por um bom tempo. A sede começava a crescer, era como ser levado ao extremo, os músculos ardiam, cada movimento parecia custar o dobro. O tempo passava, acostumava-me ao calor da mesma forma que os esquimós se acostumavam com o frio, a boca seca era normal assim como a ardência aos olhos. O manto de lava fazia com que meu corpo se adaptasse à ele, uma vez que o mesmo já estava completamente adaptado à mim.

Levante-me, tinha a técnica em mente. A árvore perante mim mostrava-se oca, seca e sem vida alguma, alguns movimentos de soco eram feitos como aquecimento, os músculos tinham facilidade de relaxar enquanto imersos no calor entretando a ação de contrair ficava ainda mais complexa, trabalhava com os músculos nessas condições. A sequência de socos imaginários era cessada no mesmo momento em que uma série de abdominais eram feitos, nunca fora um amante deste exercício e nem ao menos imaginava o porque insistia neles, entretanto os músculos trabalhavam, contração, relaxamento, subida e descida. O corpo cheio de energia física e térmica findava aquele aquecimento e finalmente resolvia socar com toda sua força aquele tronco.

O primeiro soco então fora dado de forma certeira, bem ao centro do objeto, o calor somou-se a força e um buraco fora feito com perfeição, entretanto a dor na mão era a mesma, a dor de se socar uma parede frágil, precisava ter ciência de que aquilo era apenas um reforço aos ataques e não à minha resistência. O próximo e último soco então fora dado, mas com a intenção de passar de raspão, assim foi feito e algo surpreendeu-me, a área próxima ao trajeto de meu punho queimou tornando-se basicamente cinzas.

O treinamento era finalizado, o modo era desativado e com Jango em meus braços corria para um local onde existia água para me hidratar.