Casa - Yusuke Kimura

Uma pequena casa feita de madeira localizado na região residencial de Kiri, mais especificamente, relativamente próxima ao Calabouço Kaguya.  O quintal é deveras grande, possuindo um grande lago circular, tendo este, suas bordas ladrilhadas por algumas pedras, além de uma pequena ponte que dá acesso ao mesmo. Ainda no quintal, há a ocorrência de algumas árvores e vegetações rasas.  Quanto a casa, ela foi construída por cima de uma grande rocha de forma paralelepipédica, havendo duas pequenas escadas entalhadas nessa mesma rocha para facilitar o acesso à mesma. Em seu interior, existe sala de estar, banheiro, cozinha e um pequeno dojo, onde Yusuke costuma treinar.

Treino de Constituição Mental, Resistência e Jutsu

Alguns dias após ter me graduado como Genin, lá estava eu, em minha casa, deitado na cama. Os raros raios solares de Kiri, mesmo estando no verão, se atreviam a transpor as janelas do meu quarto, percorrendo todo o chão e, enfim, alcançando o meu rosto. Aquela claridade toda em cima dos meus olhos já eram o suficiente para que eu despertasse do meu sono profundo. Levanto então, esfregando os punhos nos olhos, enquanto me vestia. Estranhamente, hoje, eu acordei disposto a realizar algum tipo de atividade. Enquanto vestia-me, refletia sobre o tempo perdido causado pelo meu desinteresse em treinar ou completar missões. Eu havia me tornado Genin, mas, estagnado, eu estava na mesma forma de antes, quando eu era um estudante da academia. Após ter me vestido, tratei de puxar de minha gaveta um rascunho de jutsu criado por mim mesmo, baseado em minha Kekkei Genkai, o Shikotsumyaku. Eu pretendia treinar tal jutsu de minha autoria. Seria um bom começo para a minha carreira ninja. Mas antes, eu iria fazer um treinamento de alguns fundamentos básicos, uma boa forma de ‘’quebrar o gelo’’ e fortalecer-me ao mesmo tempo.

Tendo isso em mente, dirigia-me até o dojo que existe no interior da minha casa, acoplado em um dos cômodos. Resolvo começar as atividades com uma meditação, então, sento-me no tatame, assumindo a posição de lótus, e começo a me concentrar. Fechei os olhos e comecei a desfazer os pensamentos que ocupavam a minha mente, uma vez que estes poderiam vir a ser um empecilho para um bom desempenho na meditação.  E foi assim que eu fiz: minei todos os meus pensamentos um por um, aliás, mantive somente um, o que se tratava da meditação em si. Eu mantinha em mente, as etapas da meditação as quais eu teria que completar, e, já se foi a primeira, agora, eu poderia prosseguir.  Iniciei então, um exercício simples de inspirar bem profundamente, enchendo o pulmão de ar o máximo possível, e, ao chegar neste ponto, eu expirava todo aquele ar, de maneira vagarosa, consistindo num esvaziamento lento do pulmão. Eu repetia esse processo por mais cinco vezes, número este, que achei o ideal para completar essa fase. Era possível sentir o ar entrando e saindo calmamente no pulmão, passando pelo diafragma. Uma sensação reconfortante, eu diria. Para completar a meditação, nada melhor do que um rápido exercício de visualização: para estimular minha mente, eu visualizava todo o mundo à minha volta, só que de uma maneira diferente – eu imaginava um cenário propenso à concentração. Eu imaginava que eu estava sentado na vegetação rasteira de uma floresta, sendo esta, bem ampla e com várias árvores gigantes espalhadas por toda a sua extensão; os pássaros que ali habitavam cantarolavam alegremente – e era possível até mesmo imaginar seu canto –. Toda essa experiência manteve-me tão centrado que fiquei com uma ligeira vontade de sono. A meditação havia acabado tendo sido um sucesso.

Depois de treinar a mente, agora era a hora de treinar o corpo. Nada melhor do que um treino de resistência. Para forçar os músculos ao máximo, e assim reforçar a resistência dos mesmos, resolvo usufruir de alguns aparelhos de musculação que o dojo dispunha.  Inicio a exercitação com um aparelho de barra fixa, que por sua vez, encontrava-se fixada na parede, pois usar o meu próprio preso para forçar e exercer uma grande potência nos músculos. Agarrei minhas mãos à barra, e, prosseguindo com um pequeno pulo, eu conseguia assumir a posição ideal para os exercícios verticais de baixo para cima – suspenso no ar e com o corpo equilibrado. Forçando meus braços o máximo que eu podia, eu conseguia me erguer ainda mais, de maneira que eu conseguia posicionar minha cabeça acima da faixa vertical da barra. Feito isso, eu recuava para baixo, assumindo a posição inicial, para então reiniciar o movimento e assim suscetivelmente.  Até que eu me canse. Minha ideia com esse exercício é de aliar a demanda de força necessária para executa-la, com o mais importante de tudo, que é a repetição por longos espaços de tempo. E com isso em mente, lá estava eu, subindo e descendo usando somente a força dos meus braços. O máximo que eu consegui executar foi um total de dez repetições. E nem foi escolha minha parar, uma vez que ao chegar neste número, senti uma forte câimbra e meus braços simplesmente deslizaram da barra. Estava claro que eu não podia continuar, pois isso poderia causar-me uma lesão – uma vez que eu não realizei a devida preparação para essa carga de exercícios – e, machucar-me, logo quando eu havia acabado de tornar-me shinobi, seria péssimo para mim.

Após 30 minutos de descanso, encontrava-me bem melhor, em relação ao que estava no momento em que conclui o treino de resistência. Meus braços estavam praticamente revigorados. Mesmo que não tivessem, isso não impossibilitaria o treinamento que viria a seguir, afinal, tal treinamento seria de um jutsu o qual consiste no uso prático de minha Kekkei Genkai, nada de trabalho braçal. Começando os preparativos para o treinamento da técnica, eu apanhava de meu bolso, a folha de papel a qual havia o rascunho do projeto de jutsu que eu havia criado, contendo neste, todos os detalhes. Mesmo sendo um jutsu inventado por mim, eu deveria reler tudo aquilo, para um melhor entendimento deste. Após ter lido tudo – e ter entendido – eu me levantava do chão para começar os desdobramentos.  Eu respirava fundo, pois o jutsu em si não requer selos manuais, mas, era no mínimo perturbador: arrancar um osso do braço e arremessa-lo. Prossigo concentrando chakra no braço, do qual eu retiraria o osso, no intento de protuberar o osso a ponto que o mesmo avance para fora, ficando exposto. Conseguindo fazer isso, eu prossigo arrancando com o osso, usando meu outro braço, no caso o esquerdo. Eu estava com um certo receio de fazê-lo, mesmo sabendo que minha Kekkei Genkai estava passiva, e sendo assim, não haveria riscos a minha integridade. Mesmo dada a situação, consigo puxar o osso para fora, este está afiado, como eu pretendia no meu projeto, já era um avanço e tanto.  Então, me aproximando do fim do aprendizado, era hora de partir para a melhor parte. Seguindo à risca o que eu havia pensado, concentro meu chakra na mão a qual eu estava segurando o osso, e depois transfiro esta energia para o osso através do fluxo de chakra. Imbuído o osso de chakra, era a hora de arremessa-lo:  o lanço de maneira rápida, forte, porém desajeitada, sendo esta última intencional, pois por ter investido chakra no osso, eu poderia teleguia-lo para onde eu quisesse, então, fitei um alvo de madeira presente no dojo e fiz com que o osso seguisse até o mesmo. Com isso, eu teria feito tudo o que eu havia projetado, ou seja, obtive sucesso  em aprender este jutsu. Talvez o fato de eu tê-lo inventado colaborou com isso.

Após aprender meu primeiro jutsu pós-academia, eu podia sentir meu corpo regenerando o osso retirado em questão de segundos. Como eu havia me cansado muito durante este treinamento, saio do dojo e vou pra sala descansar um pouco.

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Eis que acordo tarde num dia chuvoso. Não pude acordar mais cedo por não ter contado com a ajuda dos raios solares batendo no meu rosto, dado o clima – com forte chuva, névoa e pouca claridade. Morar sozinho e não ter alguém para que faça o trabalho de me acordar também não ajuda.

Esse clima arruinou meus planos de ir até o centro da vila procurar algo proveitoso e que ao mesmo tempo prenda minha atenção, portanto, eu vivia um dilema de sair de casa assim mesmo, ou até mesmo tentar fazer algo em casa. Fico com a segunda opção: decido por treinar no dojo da casa para não perder tempo, pois meus concorrentes de vila provavelmente estariam bem mais fortes e preparados do que eu. Desta forma, dirijo-me até o referido cômodo para começar as atividades.

Hoje seria dia de treinar intensivamente minha resistência, pois observei que eu estava ficando muito cansado ao realizar minhas atividades, e, somente um treinamento nessa área, como o que fiz outrora, não iria sanar essa deficiência. Para isso, eu iria começar com uma corrida, sendo esta, realizada e medida por meio de voltas, realizada dentro mesmo do dojo – visto que o mesmo é deveras amplo. Mas antes disso, para evitar a fadiga muscular e possíveis lesões, tratei de fazer alguns breves exercícios aquecimento dos músculos baseados em alguns alongamentos, polichinelos e exercícios aeróbicos. Feito isso, eu estava com a plenitude do meu vigor físico, estes exercícios podem ser considerados até mesmo como parte do meu treinamento, pois me exercitaram muito. Prossigo então começando a correr as tais voltas contornando a circunferência do dojo. Eu estava correndo no estilo trote, mantendo uma velocidade de aproximadamente 4 metros por segundo, os quais eram suficientes para um bom desempenho no treinamento, além de manter meu fôlego por mais tempo, perfeito para prolongar o exercício por longos períodos. Durante a corrida, eu tratava de movimentar também os braços, e consequentemente o tórax e as costas, ou seja, era quase um exercício completo, que envolvia a maioria dos meus músculos. E lá estava eu: correndo volta após volta, sendo que eu completava cada volta em torno de 1 minuto, uma vez que cada volta era contabilizada a partir do momento que eu cruzava a linha imaginária a qual foi o meu ponto de partida. Minha meta era chegar num total de 50 voltas. Escolhi tal número embasado no conceito que minha resistência só seria aprimorada através de treinamentos por longos períodos de tempo ou exercícios de alta intensidade, e este aliava esses dois preceitos. Eu estava tão focado nesse pensamento que até esqueci-me de prestar a atenção na corrida em si, o que fez com que a mesma tenha sido feita com certa naturalidade. Quando eu percebi, já havia completado a minha meta. Eu estava bem cansado inclusive. Olho pro relógio de parede e concluo que a corrida foi feita em 50 minutos exatos, ou seja, eu consegui manter o mesmo ritmo o tempo todo. O que já é muito bom por si só.

Terminada a primeira etapa do treinamento, prossigo treinando minha resistência, mas, claro, com outro método.  E esse método seria fazer algumas flexões de braço e abdominais. Comecei por este último: deitei-me de costas no tatame, assumindo a posição habitual admitido ao fazer esta prática – mãos para trás da cabeça e joelhos alinhados e flexionados, pés fixados no chão. Para tornar a coisa mais difícil, coloquei uma mochila que havia no dojo, uma vez que essa estava contendo alguns pesos de musculação, o que exigiria uma força maior para levantar o dorso. Com isso, inicio um trabalho de costas, levantando o tórax apenas com a força dos músculos abdominais, de tal maneira que eu encoste meu abdômen nos joelhos: era a primeira abdominal feita, então, abaixo o tórax novamente para começar as repetições.  E foi assim que eu fui realizando as ditas abdominais, investindo uma grande força no tórax e depois recuando, e assim suscetivelmente.  Com o decorrer treino, eu conseguia dominar e encontrar uma espécie de técnica para a mesma, o que me fez executa-la com mais rapidez, mesmo com todo aquele peso pressionando contra o meu peito. E enfim, eu chegava num número de 15 abdominais feitas, um bom número considerando os empecilhos e a minha inexperiência na prática. Para terminar, as flexões de braços, e, as comecei deitando de bruços no chão posicionei as mãos colocando as palmas delas no chão, aproximadamente no nível dos ombros, os pés servindo de apoio traseiro, e concentrando o peso no meu peito. Eu fazia força com os braços, para empurrar meu corpo contra o chão e assim erguer meu corpo, então eu abaixava novamente meu tronco e iniciava as repetições. Eu repetia esse movimento por mais 10 vezes, número este reduzido devido aos treinamentos que tive que fazer antes destes, afora o fato de que o peso do meu próprio corpo investido contra os meus braços é algo estressante.

E com isso meus treinamentos por hoje estavam acabados. Dirijo-me então para o meu quarto descansar um pouco, meu corpo estava muito desgastado depois disso.

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Acordava num dia ensolarado, porém com a presença de muito frio ainda. Desse jeito já era melhor em relação ao dia do meu último treino. Como o clima estava propício, ficou decidido que eu iria ir para a vila arrumar alguma missão, todavia eu iria fazer um leve treinamento primeiro.

Levanto-me da cama e caminho calmamente até o dojo, como de costume, seria lá realizado o treinamento. Sendo um treino de força, irei fazê-lo com o auxílio de alguns pesos de musculação presentes no recinto. Deito-me numa mesa – sendo esta do aparelho de musculação o qual é realizado o exercício conhecido como ‘’supino’’ – prossigo dobrando os joelhos na borda da mesma, fixo meus pés no chão, deixando-os ‘’plantados’’ no intento de evitar possíveis situações as quais os mesmos atrapalhassem.  Terminando de me posicionar da maneira correta, eu pegava a barra do peso – que por sua vez, estava apoiado em um suporte duplo presente no aparelho – e então o abaixava contra o meu corpo, de maneira que encostasse em meu peitoral. O primeiro supino a ser feito seria o tradicional, conhecido como o reto.  Com a barra  perto do peito, Invisto uma grande força em ambos os meus braços, o máximo que eu podia, e, conseguia aos poucos esticar meu braço para cima, levantando o peso em direção do teto. Era o primeiro supino realizado, agora era partir para as repetições. Dobro então meus braços, contendo a barra e a fazendo ir de encontro, novamente, com o meu tórax. Dali por diante não seria nada senão as repetições.  Depois de 10 incessantes e cansativos supinos, eu paro por aí. Este número, aparentemente era o meu máximo. Mas, consegui bons progressos com o treinamento. Este exercício foi importante para fortalecer as áreas do bíceps, costas e peitoral.

Prosseguindo as atividades, agora era a vez da minha resistência a ser aprimorada. Propus uma atividade diferente a mim mesmo: como outrora eu havia treinado por intermédio de uma corrida à pé, hoje seria a vez de tentar correr, porém, plantando bananeira. Seria uma boa maneira de aprimorar a resistência de uma área inexplorada, além de dar uma variada. Para assumir a posição da parada de mão, deixo meus joelhos semi-flexionados, no intuito de facilitar minha próxima ação: colocar minhas mãos sobre o tatame, firmando-as para uma melhor segurança. Prossigo inclinando meu corpo para frente, dessa maneira, minhas pernas naturalmente levantaram-se,  agora meu único apoio provinha das palmas da mão.  Para um melhor equilíbrio, uma vez assumida tal posição, estico minhas pernas e tronco para cima, posiciono minha cabeça da maneira habitual e alinho pernas e braços, formando uma linha reta. Só isso já exerceu uma grande força em meus braços, o que já era bom. Inicio então a dar voltas pela circunferência interna do dojo, seguindo o mesmo conceito e regras que eu adotei na corrida a pé, com a única diferença que eu estava movimentando-me mediante parada de mão. Andar plantando bananeira é deveras difícil, demorado e desgastante. Eu me movimentava por cerca de 2 metros por segundo, e completava cada volta em mais ou menos 2 minutos.  Por este motivo, estabeleci uma meta menor, somente 10 voltas já seriam o bastante. Depois de um bom tempo, consigo concluir meu objetivo, caia então no chão devido o cansaço imenso causado pelo treinamento.

Agora era hora de revigorar-me dessa atividade para ir ao centro da vila procurar algo para fazer.

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Depois de uma breve pausa para revitalizar as energias, levantava-me do tatame do dojo e saia de casa fechando a porta. Eu estaria indo para o centro da vila, mais especificamente ao posto de missões...

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