Planícies do Norte

Chegava no local, as planícies ao norte de Kumo em que minha presença foi requisitado, o trabalho, uma escolta pela região com grande índice de assaltos. De fato, este era um local com um ar diferente das demais localizações da vila que nasci, a vila que desejo ver evoluir, e que protejo da forma que posso através de meu trabalho. Encontro meu protegido, um homem levando consigo a carga por ali, e informo-lhe que permanecerei por perto e que pode prosseguir.

Sigo a uma certa distância, sempre atenta ao homem e possíveis aproximações. Não em intenção leviana me mantenho afastada de meu contratante, não sou uma especialista em defesas, sou uma especialista em assassinatos e deste modo, sou mais eficiente eliminando aqueles que tentem se aproximar do que servindo de escudo.

Alguns passos pelo local semi reto, de paisagem estranha a vila e uma primeira movimentação acontece. Um ser encapuzado se aproxima lentamente do senhor transportador, parando próximo a ele de costas para onde estou. Salto por entre os degraus do local com passes suaves. Aparente a não percepção do homem, talvez, pelos ventos uivantes que se apressam pelo local, me deixo chegar bem próxima, o suficiente para vê-lo saca umas faca de sua cintura, o suficiente para adentras sua cintura com o gume de minha katana desembainhada.

- Fishslim está com sede hoje.

O homem sangrando salta se afastando após sentir a dor gélida do fio de minha lâmina, aos sons dos gritos do homem que protegia ... desta vez não seus filhos da... ele fazia algum tipo de sinal, erguendo suas mãos e logo aparecia mais três capangas consigo. Sorrio fitando-o intensamente, percorro com a língua a parte ensanguentada que o atravessara estremecendo a coragem de seus homens perante a figura de caráter psicótico a frente ... Então você é o líder...

Bandido:- Peguem ela... - dizia com voz trêmula pela ferida e pelo medo.

Os homens que possuíam cada um deles, um par de garrar e um sabre avançavam sobre mim tentando me atacar. Minha Katana tilintava ao toque com o sabre estacionando as duas lâminas entre nós um instante, enquanto o segundo saltava com as garras buscando meu rosto em vão e encontrando apenas minha Karasu tenshi em seu caminho. Erguia minhas mãos furiosa empurrando este para cima, enquanto através das lâminas transmitia um sinal elétrico ... Zap ... forçando o homem confuso a um breve recuo, em um corte espiral buscava seu pescoço decepando-lhe deixando a cabeça ao ar e chutando o corpo para longe deixando ambos separados. O homem não compreenderia e nem poderia, sua velocidade de reação simplesmente não acompanhava seus comandos após o contato com o jutsu.

Me virava ao usuário de garras sorrindo e mordendo de leve meus lábios, um passo de recuo era dado por ele, antes de juntando a coragem voltar a avançar sobre mim. Ou eu ou seu mestre? Fez a escolha errada de qual enfrentar. Guio minha lâmina a suas garras forçando-o a um bloqueio, novamente aplicando o jutsu raiton deixando-o mais lento e chutando em sua barriga afastando-o, saltando sobre si em um estoque que atravessava seu braço antes de perfurar seu pulmão. O som agoniante de suas tentativas fúteis em respirar era audível ao seus companheiros que o viam morrer, o líder e o subordinado que o apoiava.

Inclino minha cabeça por cima do ombro para trás onde estariam, sorrindo ainda mais intensamente, como se um gosto bom percorresse meus lábios. O subordinado levanta em seus braços seu líder ferido e começam a correr, frustando minha expectativas de continuar o confronto. Uma vontade insaciável de persegui-los me percorre, mas, respiro e mantenho a calma diante a situação me focando na missão de proteger o homem.

Transportador- Ma... ma... matou-to-tou eles...

Sua voz aterrorizada me desperta, de fato, não devia ser comum ao homem aquela cena. Sinalizo para ele ter calma e prosseguir, que estaria seguro e ele assim o faz, aparentemente, um pouco desconfortável. Algum tempo se passa e estamos na fronteira, hora de retornar.

Mission accept:

Informações:

Novamente estaria em missão após algum tempo afastada deste tipo de serviço, não o fiz por procrastinar, de fato, meu tempo foi destinado a me preparar para executar melhor cada fase das missões que por vezes não tinha a força necessária. Hoje, sigo em frente para mais uma a qual me era dada.

Não haveria lutas, ao contrário, meu desafio se encontrava justamente na forma com a qual me deparava neste instante, missões de busca. Meu orgulho por vezes me faz não recorrer a um meio eficiente que tenho, conheço minhas limitações e o que significa não usar minha companheira que poderia me auxiliar, ainda assim, procuro sempre estar apta para agir por mim mesma. Hoje não é um dia assim.

Caminho através de Kumo até um local o qual poderia iniciar minha busca, não haveria ali uma floresta de fato, mas, árvores que poderiam ser abrigo e alimento além de umidade sim. Era um palpite, um como qualquer outro, iniciaria uma sequência de selos extensa a qual não estaria habituada e então tocaria meu ombro, revelando a pequena forma azul e bela com a qual já estive antes outrora. Precisaria da ajuda da criatura simpática, aquela corujinha apegada com o habito de permanecer pousada a meu ombro, ela seria meus olhos e meus ouvidos na ausência de instintos que tornem uma rastreadora nata.

Voe querida!

Suas asas abertas fariam um leve vento em minhas orelhas e cabelos os erguendo, enquanto eu acompanharia sua trajetória esperando que esta me desse sinais. Antes de sua partida, lhe mostraria ainda o pergaminho com a imagem do besouro, isto era o que precisava para que ela buscasse por mim tal inseto. Em solo não estaria parada, caminharia porventura passeando meus olhos procurando o pequeno inseto sem êxito.

Um pulso chegava, era hora de agir, o sinal que me era transmitido de forma próxima a uma frequência de rádio chamava minha atenção para uma localização. Não tinha visão de fato do local, entretanto, confiaria nas habilidades de minha parceira especialista neste tipo de caça.

Pegue-a, sem matá-la!

A corujinha iniciava uma descida veloz contra o inseto, por fim, prendendo-o suavemente entre suas patas e levantando voo. Um frio na barriga me corria, um medo de que ele estivesse morto. Felizmente para mim não seria o caso, estaria seguro, de fato, me aliviava ver aquilo e eu o envolvia em um tecido para levar-lo de volta até a aldeia.

Bom trabalho Kosen!

Elogiava a corujinha e a deixava ali, pousada sobre meu ombro enquanto retornava a vila. A área a qual entrávamos para recolher o espécime era perigosa aparentemente, mas por sorte, talvez azar deles não teríamos sidos percebidos sem o menor esforço.

Missão:

Informações: