Antigo Esconderijo do País do Som

A antiga sede da Otogakure até ao Exame Chūnin, era construída abaixo de uma árvore. Com duas marcas sobre ela que lembram víboras e o que parece ser o crânio de uma cobra na parte superior. Duas muretas telhadas emergem nas laterais da entrada, tendo uma delas ligeiramente voltada para fora, há também um jogo de escadas que levam até o piso inferior, embora encontre-se atualmente em ruínas. As sombras das árvores e do próprio túnel, ocultam a vista exterior da passagem, há destroços e soterramentos em toda a parte, liberando um ou outro espaço de entrada. Há rumores que a vila tenha sido abandonada e que ainda existam alguns segredos lá dentro que ainda não foram desvendados.

Na realidade, Otogakure não é realmente uma aldeia, mas um grupo de esconderijos e bases espalhadas por todo País do Som e vários outros países. Ninjas do som usam uma quantidade diversificada de técnicas, que são mais centradas em torno das modificações e mutações que Orochimaru lhes deu. Lá dentro é possível encontrar materiais de pesquisa ainda intactos, como pergaminhos e afins, embora todos os laboratórios tenham sido soterrados e completamente destruídos por uma causa esquecida no tempo:

Dizem que por esta região habita um homem perverso, conhecido por escravizar shinobis ameaçando-os com seus genjutsus através do som e de sua temível kuchiyose Doki. Momaru Koji é o tipo de mestre que trata seus alunos como vassalos, sem se importar pelo que já passaram.

No mesmo local, habita o lendário Sannin Orochimaru, cujo nome é conhecido em todo o mundo shinobi. Suas proezas ninjas e habilidades herdadas em seus rituais de troca de corpo, lhe concederam proficiência em diversas áreas do conhecimento, o que o torna o mestre de treinamento mais completo já existente. Contudo, existe uma condição para treinar com o Sannin: é preciso dar algo em troca. Quanto mais valioso e raro for o DNA do ninja treinado oferecido à ele, maiores serão as chances de se tornar seu aprendiz e servo, caso contrário nem mesmo um encontro é concedido, já que o próprio Sannin não costuma aparecer para muitas pessoas e deixa Momaru Koji cuidar destes assuntos.

Mestre de treinamento:

Nome: Momaru Koji
Especialização: Genjutsu (Jutsu), Demônios (Kuchiyose);


Nome: Orochimaru
Especialização: Ninjutsu (Jutsu), Genjutsu (Jutsu), Fuuinjutsu (Jutsu), Juuinjutsu (Jutsu), Kekkai Ninjutsu (Jutsu), Cobras (Kuchiyose), Rashōmon (Kuchiyose);
Informação: Caverna Ryuuchi;
Observação: Narração destinada apenas para @Hatake Iori.

Cobras:

Demônios:

Técnicas Demônios:

~ Retornando para Casa

HP : 400/400
CH : 1050/1200
ST : 200/200

Demonstrando uma expressão incomum, seguiu viagem pelo território de Oto, pela breve experiencia ao chegar no local não conseguia confiar em mais ninguém deste pequenino pais, tão pouco se deixaria adormecer sem ter certeza de sua segurança. Em certo momento parou e olhou a redor. Só então recomeçou a andar em busca do que precisava. Ao encontra-lo comentava com certa indiferença. - Procuro por Koji-Kun, Yuki Yuko me orientou sobre... - Esperou.

As sombras que engoliam o ambiente ainda deixavam vestígios de uma personalidade menos amistosa no local, poucos eram aqueles capazes de reconhecer a foice que reluzia contrastante na escuridão monótona daqueles arredores, uma marca leal ao homem cuja alcunha atendia-se como O Enviado do Inferno. Para um Yuki como Gehena desacostumado aos efeitos sortidos de um genjutsu aquilo talvez não significasse nada, mal ele sabia que já se encontrava sobre os efeitos da intenção assassina de Momaru Koji e que bastaria um movimento em falso para o sujeito pegá-lo desprevenido com a lâmina.

- Koji-kun é para os chegados, pra você é apenas Koji.

Girando o cabo de sua foice, Momaru a cravou na mureta de tijolos logo abaixo de sua plataforma de descanso e então deu suporte aos seus pés, ficando de pé sobre o cabo de sua arma de carrasco. - E então, o que você procura comigo ninja de kiri?

Um tanto quanto estranho imaginou o garoto, na maioria das vezes tratar alguém sem nenhum  honoríficos  era sinal de intimidade, deu de ombros tentando se acalmar, a presença do homem era pior do que ele havia imaginava. - Perdão pelo erro. Procuro por um mestre. - Gehenna não detinha uma espinha dorsal flexível, mas ser cortes algumas vezes não lhe faria mal, ainda mais quando este reconhecia a pessoa a sua frente. - E contrato com Demônios...  - Proferiu um pouco mais baixo, temeroso que este fosse uma mentira, talvez fosse impossivel, então observou cuidadosamente.

A foice desprendeu-se da parede e Momaru a juntou pela empunhadura segundos antes de atingir o solo com os pés. - Está com sorte hoje ninja de Kiri, perguntou ao cara certo! - Disse, jogando o peso da arma sobre os ombros. - São poucos aqueles que vem me procurar, ainda mais gente do outro lado do oceano. Normalmente eu faria um teste psicológico para ver se está ou não apto à invocar dêmonios por aí. Porém, já que fez todo esse caminho somente para adentrar na seit...- Pausou, interrompendo-se com um tossido forçado.

- Quero dizer, para treinar comigo, então posso considerar que já passou pelo primeiro teste.

Momaru sorriu discretamente, a condição para fazer o pacto com os demônios era simples, um pouco de sangue e talvez a alma da pessoa, seria assim em qualquer conto de terror ou fábula conspiradora, porém, isso era diferente no mundo dos ninjas. Demônios existiam em suas dimensões como qualquer outro animal, invocá-los não necessitava de qualquer condição especial, entretanto não eram todos que poderiam controlá-los com exatidão.

- Muito bem, estenda a mão. - Sorriu malicioso o Enviado do Inferno. A ponta de sua lâmina reluzia em suas costas.

Acompanhou mais a movimentação da foice do que a de Koji em si. Para Gehenna era um tanto agoniante ficar observando o homem brandido a arma de um lado para o outro, mas se manteve quieto sobre isso. O jovem ergueu a mão até o maxilar, se este detivesse alguma barba estaria a coçando, então apenas deixou a mão sobre o queixo pensando. Apesar de tudo conseguiu compreender um pouco das palavras do homem, embora não quisesse descobrir a verdade, como diziam; ignorância é uma benção. Mais ele não abusaria dela.

Gehenna hesitou em ergue a mão direita, sua esquerda estava cerrada em prol de um selo para sua Kekkai. Vagarosamente emitiu uma baforada de ar, esperava que o emissário fosse um mestre consciente, embora um pouco louco também o faria ser interessante, franziu a testa com tal pensamento, de modo algum isso daria certo.

- Então demônios realmente existem? Digo, não pessoas... - Assim como o mais novo demônio da nevoa, ele ainda duvidava da existência de tais criaturas, demônios sempre viviam na terra, não no pais das maravilhas... O mundo era extenso e Gehenna não detinha certeza das coisas, embora a reação do mestre demonstra que suas suspeitas poderiam se tornar realidade.

Ele simplesmente franziu a testa observando o homem, de fato não estava tão certo em oferecer uma mão enquanto o mesmo mantinha uma arma afiada a sua frente. - Tudo bem. - Engoliu em seco, se arrependeria disso, tinha quase plena certeza que faria parte de um ritual para Jashin ou outra entidade maquiavélica, embora também fosse virgem, isso apenas aumentava ainda mais suas preocupações, pelas historia ele se enquadraria perfeitamente em tal requisito e sem mais, talvez seria usado para invocar calamidades ou até mesmo rituais profanos... Então ergueu a mão direita.

Os olhos do mestre sádico brilhavam ao sentir o pior dos sentimentos, já fazia algum tempo desde que alguém lhe oferecia um membro de livre e espontânea vontade para mutilar. -Perfeito... - Era possível ouvir o som dos punhos cerrando sobre a empunhadura da grande foice. O sorriso malicioso se transformava em uma expressão aterrorizante, esse quase que conseguia sentir as veias pulsarem ao carregar o sangue do genin de Kiri. -Isso só vai doer... Muito! - Manejava rapidamente a arma que a aquele momento já não descansava mais no ombro do dito Enviado do Inferno.

Em um lance de olhares Momaru Koji gira sua foice no ar e com a ponta da arma disfere uma leve estocada na palma mão de Gehena, o corte era superficial porém se tornava o bastante para iniciar um pequeno sangramento. -Isso... Agora o mais importante. - Realizava o selo do tigre momentos antes de uma pequena nuvem surgir logo a frente de ambos mestre e aprendiz, tendo essa se dissipado um pergaminho velho de aparência distinta se revelava. -Use o sangue para escrever seu nome nesse pergaminho, quando estiver pronto execute os selos do jutsu de invocação e se surpreenda, porém já vou dizendo, esses caras não são muito fáceis de lidar.

O mestre novamente apoiava a arma sobre seus ombros, tendo a ponta próxima de si levava a lamina próxima a boca e com uma ação no mínimo bizarra experimentava o sangue do kirense. -Hmm...

O garoto encolheu o corpo e virou o rosto, mas de alguma forma ou poderia ser sua determinação que ainda mantinha a mão estendida. Não compreender o que a outra parte estava planejando, era um teste de psicologismo extremo, pelo menos para o genin. Embora não demonstrasse, podia notar que estava com medo, e quem não estaria? Tornou a olhar para o braço seguindo o olhar para sua mão. O acontecimento fora rápido, e apenas reflexivamente mexeu as pontas dos dedos, estava constando que ainda os tinha.

Se tivesse sido qualquer outra pessoa, ele teria ido embora logo apos ter sido cortado, mas ele devia seguir em frente. Flexionou a palma da mão demonstrando uma careta, doía pra caralho, mas ele suprimiu as palavras de baixo calão em sua mente. Como suspeitava aquele mestre era complicado de se lidar, mas não podia voltar atras agora.

Depois de se ajoelha em frente ao pergaminho, ele não levantou o rosto para expressar algo como raiva como pessoas comuns fariam, nem mesmo sentia-se humilhado com o tratamento, estava focado. Deixou o sangue escorrer para a ponta dos dedo médio e anelar o fluido começava a pingar no pergaminho em seguida o pressionou contra o papel, movimentou a mão formando caracteres com certa determinação, por um breve momento sorriu, ainda bem que não detinha um nome extenso. "Yuki Gehenna" Concluiu. Só então empapou com seu fluido em cada uma das digitais e as marcou ao pergaminho, agora seria a parte difícil.

O garoto se levantou, a primeira parte estava feita. Agora era hora de praticar Kuchiyose. Tornou a puxar o ar para os pulmões deixando seu chakra inflar dentro de seu corpo, podia sentir que suas reservas não estavam em boa condição, talvez isso faria alguma diferença? A viagem fora fora longa e exaustiva, só agora havia se arrependido de ter usado tal quantidade contra o ninja do som, se quisesse liderar os Yuki, teria de tempera suas habilidades a outro nível.

Em seguida ergueu ambas as mãos e começou lentamente a tecer os selos, no qual achava que fosse para a técnica, embora não tivesse certeza, era membro dos Yuki e portador de hyoton, este detinha ao menos uma base concisa de conhecimento. Javali > Cão > Pássaro> Macaco > Bode. Ao fim, pressionou a palma da mão contra o solo, não sabia o que viria por vir.

Momaru observava atentamente ao aprendiz demoníaco, esse diferentemente de qualquer outro não demonstrara hesitar em suas escolhas, isso impressionava o mestre afinal não eram todos que o procuravam e muito menos iam até o fim com a ideia. -Você tem coragem garoto, até lhe perguntaria se gostaria de voltar atrás, mas acho que já é tarde demais para isso. - Finalizava seu comentário com uma gargalhada alta, o som ecoava por todo perímetro da floresta não era a toa sua alcunha, só mesmo alguma criatura vinda do inferno para apreciar tanto o sofrimento alheio.

Gehena poupava seu tempo ignorando as tentativas do sensei em fazê-lo ceder, a única coisa que roubava a atenção do genin naquele momento era o pergaminho que a sua frente estava, esse que em instantes já estava preenchido pela assinatura do rapaz, agora só restava convencer os espíritos de "cooperar". -Isso vai ser interessante... - Pensava o enviado do inferno mantendo a mesma posição desde a mutilação ao membro do kirense. No instante do contato entre a mão ensanguentada e o solo, uma nuvem branca de fumaça se formava entre os dois shinobis logo a cima do pergaminho, a apreensão e curiosidade tomava conta do genin, afinal essa era sua primeira vez; tendo o vapor se dissipado uma surpresa, não havia nada lá. -Droga garoto, tinha esperanças sobre você. - Dizia o mestre se aproximando do genin, até mesmo ele estava um tanto surpreso. Ao observar a peça com a assinatura mais de perto, era possível observar que a mesma estava um pouco amassada como se algo tivesse se chocado rapidamente contra "Pera ai..." o mestre já sabia o que havia acontecido. -Foi você que me invocou não foi? Me desculpe por me esconder assim, mas prefiro ficar em reflexos. - Uma vozinha feminina soava logo as costas de Momaru, essa parecia vir exatamente de sua foice.

Quando os dois voltaram sua atenção a arma, puderam ver uma figura infantil e fantasmagórica no reflexo da lamina da foice, essa era rara até mesmo para o dito Enviado do inferno. -Vejamos só... Essa é meio rara de se ver, tem algo de diferente mesmo rapaz. - Comentava o mestre cravando a ponta da empunhadura no chão, para que ambos pudessem olhar bem para tal raridade. -Bom, acho que já terminamos por aqui, teria mais alguma coisa a conversar com sua amiga? O treino aparentava ter chegado ao fim, ver uma luta entre mortal e espírito seria deveras interessante porém aqueles dois pareciam já ter um vínculo mesmo se conhecendo agora, dessa vez o Enviado do inferno cederia.

No fundo, ele sabia que tinha sido sorte. Em sua tentativa, um vazio tão grande se apoderava de seu corpo, tentar compreender a sensação era inútil ele até mesmo mal conseguia arranjar palavras para o fracasso que sentia. - Eu... - Levou a mão até a gola da roupa aliviando-se um pouco do kimono, precisava respirar, estava exausto, já podia sentir a respiração e a falta de chakra em seu corpo. Pelos breves segundos que se sucederam ele não queria olhar para o mestre. Mas ao ser surpreendido pela voizinha ergueu o rosto apenas por curiosidade, em seguida ergueu um dos joelhos usou como apoio para sua mão direita e se levantou meio zonzo, precisava entender aquilo.

Ele ouviu o mestre com atenção, ainda era um tanto difícil "Cair a ficha" Aquilo era uma raridade? Por que apenas reflexos? Logo a foice dele... Um breve sorriso em seus lábios, o que antes o incomodava havia evaporado como álcool, estava feliz, havia conseguido uma invocação rara, não que isso isso significasse poder, mas já era um meio para enfrentar as futuras calamidades.


Se virou para o mestre e o perguntou confuso, mas não menos surpreso. - Eu a chamei! Sim fui eu! Ela é realmente um demônio? - A euforia na voz era de se esperar, em seguida se forçou a caminhar até a arma de Koji em uma breve tentativa tocaria a superfície, de fato era uma criatura estranha. - Como se chama? - Inquiriu, embora detivesse uma breve suspeita que aquele ser o conhecia, queria aprender sobre ela. - Eu Sou Yuki Gehenna, prazer em conhece-la. - Em uma breve mesura desajeitada, não estava em seu melhor para se apresentar, e se ela soubesse era apenas falsidade de sua parte, estava cansado, e em todo caso eram raras as pessoas que enxergavam isso.

Em certo momento Gehenna ficou sem saber o que falar. Ele sempre conseguiu colocar seus pensamentos em palavras, e ocasionalmente suprimir a criança que sempre fora, mas o fato era que estava satisfeito. - Alice, vou chama-la assim que possível, preciso muito do seu poder. - Comentou cada palavra em seu habitual jeito, este que ele apenas apresentava a Kasumi, e talvez futuramente a Kuni Yotaka.

- Não, apenas isso está bom. - Respondeu seu mestre, hesitou só então voltou a perguntar. - Eu quero que você me ensine. Suponho que Alice, não é complicada, mas apesar de tudo me falta conhecimento sobre eles. - Gehenna não esperava um mestre condescendente, mesmo não querendo admitir, reconhecia que fora muito mimado em sua vida, mesmo ao começar sua carreira, tinha encontrado diversas pessoas amáveis e isso não era bom, precisava temperar suas habilidades, ou não estaria apto a seguir em frente. Tentou suprimir os rostos de Kasumi, Seiji, Yuko e seus pais e até mesmo Kuni, não podia continuar assim.


Respirou fundo e encarou o mestre mais uma vez- Quer que eu me ajoelhe? Eu farei. - Perguntou, embora fosse sua intenção, ele se arrependeria, ah, como iria se arrepender. Apos o Dialogo procuraria um local para descansar e recuperar suas reservas de chakra e vigor.

O mestre delirava com aquela submissão vinda do aprendiz, mesmo sem exigir qualquer "reverencia" recebia essa do genin, o ajudaria por uma ultima vez. -Não existe segredo garoto, os demônios são como qualquer outra entidade possível de se invocar, a partir do momento que você assume um contrato essas criaturas o serviram e você servira eles, vocês estão ligados garoto... - Dizia esse recolhendo sua foice. -Faça bom uso desse contrato ou trataremos de recolher sua alma. - Finalizava gargalhando alto.

Em um piscar de olhos Momaru sumia envolvido por sombras feitas pelas arvores, o genin agora estava sozinho naquele local e de preferência necessitaria descansar rápido.

Era o bastante. Denotou um breve olhar a sua volta, só assim seguiu para uma das muitas arvore. Em determinado momento percebeu uma construção escondida, sem mais, seguiu para próximo dela. O local aparentava estar abandonado, e como já estava cansado resolveu que tornaria seu ponto de referencia. O ar próximo do local exalava um odor salubre de vegetação, Gehenna conseguia identificar algo, eucalipto? Odiava, mas por fim, não era insuportável. Seguiu adentrando ao local, era escuro e mal iluminado, mas não impossivel de andar. Apos alguns minutos explorando já encontrava muitos pergaminhos, como estava escuro os recolheu sem prestar muita atenção, mais ou menos 'no uni duni te'. Sem escolha e já fadigado, voltou para entrada.

O garoto retirou seu kimono e sua camisa, sentou no chão e concentrou um pouco de chakra no tecido da camisa; para ele acumular umidade e encharcar a camisa era simples. Então passou a camisa úmida limpando o ferimento de sua perna esquerda, não era bom, mas reconhecia que deixar o ferimento limpo até encontrar um posto medico era o suficiente, apos isso estendeu a camisa na mureta ao seu lado, vestiu o kimono, só então fechou os olhos deveria recuperar suas forças enquanto antes e assim foi dormi.

Meu olhar se arrastou pelo local até encontrar as escadas, nada havia mudado, nada estava diferente. Um pouco sonolento, confesso, mas forcei o corpo a agir. Ergui a mão direita até ferimento, não estava diferente também. Menei a cabeça um pouco hesitante, o que deveria de fazer? Voltar para vila, suponho. Levantei e espreguicei o corpo, concordo que não poderia perder viagem, e assim faria. Segui para próximo de uma arvore e desatei as amarras de minha veste deixando meu tronco nu amostra, já havia olhado ao redor e não havia ninguém próximo, então não haveria problema. E se bem que era melhor assim, de fato eu achava meu corpo um tanto feminino, era algo inegável e chato de se ter certeza, era um traço comum dos Yuki, uma pele branca e macia, como neve... Merda.

Próximo da arvore comecei com um simples exercício de acumular e 'aquecer' o chakra pelo corpo, embora o estilo de luta fosse voltado para meus punhos, era conhecimento comum que aumentar o fluxo antes de fazer algo era mais eficaz do que apenas forçar e perder o foco. Sentindo a energia se alastrando pelo corpo, estendi os nos dos dedos até a arvore, agora era moldar mentalmente o estilo. - O punho que quebra gelo, também vai servi para quebrar uma arvore... - Cerrei o punho e golpei a arvore, de momento não senti graça a fina película de gelo que eu já havia feito, estaria me protegendo, mas assim que afastei a mão sentir que a técnica estava incompleta, estava sentido dor... - Pouco chakra? Não... - Juntei as mãos próximo ao peito; apertei os punhos e comecei a acumular, acumular... Suiton, Fuuton, solidificar.

O frio não era um problema, soltei uma breve baforada de ar quente deixando uma breve nevoa no local, de fato isso me lembrava kirigakure. Golpe, um simples socos na altura dos meus ombros, outro golpe este com a mão direita. Parei e olhei para a arvore, não estava danificada em tudo, mas pelo menos minha mão estava intacta. Tornei a erguer o punho e solidificar o gelo em ambos, não era dureza, era o frio no qual eu devia me concentrar. Tornei a me preparar na base do Saihyoken, joelhos flexionados e mãos erguidas pronto para broquear e aparar um futuro ataque, assim lancei um golpe retilíneo sem qualquer retenção de força ou trajetória, tal estilo não era para mudanças abruptas; o punho de gelo contra a superfície da arvore lançava um breve som, nada muito poderoso, mas bem mais eficaz do que mãos vazias.

Tornei a soltar o ar de meus pulmões, cansado, era sempre algo estranho treinar meu corpo, havia passado muito tempo focando em ninjutsu. Tantos pensamentos e nenhum deles iria ajudar neste momento, incontáveis duvidas, mas mais uma vez reforcei o fluxo de chakra e golpei, desta vez o que mais me chocou não foi apenas o reforço de um punho feito de gelo, mas sem dúvida uma energia fria que se alastrou pela arvore congelando cerca de quatro centímetro a área do golpe. Parei e exclamei um meio gemido com a descoberta, Saihyoken não era um estilo que consistia em apenas socar aleatoriamente com os punhos reforçados em gelo; era transforma o que atingia em gelo e o quebrar em seguida, tudo em um único movimento! Com a nova descoberta tornei a me concentrar em forma uma base. Deixei a respirações abrandar e o coração se torna solido e frio, estava no momento de concluir o estilo.

Em um único movimento puxei o punho para trás e desferi o golpe com o máximo de força que meu corpo poderia deter, sendo assim o resultado não seria diferente, bem a arvore não se partiu em centenas de pedaço, mas o som de gelo sendo quebrado fora tão nítido como uma taça de cristal sendo quebrada, havia concluído a aprendizagem do estilo.

Tornei inspecionar o ferimento de minha perna, não parecia ruim. Voltei para o mesmo local anteriormente, o limpei da melhor forma possível não deixaria um simples ferimento se torna algo que ceifasse minha vida, em seguida me sentei em posição de Lotus, meditar meu ganhos, consequentemente adormecer.

Mais uma vez acordei no mesmo lugar; costas doíam, não poderia mais ficar dormindo contra a parede, o desconforto era horrível. Tornei  a levantar, desta vez procurei me concentrar ao redor, espichei o corpo e soltando um grande bocejo, sonolento. Caminhei e caminhei, quando percebi que já estava afastado, tentei olhar em voltar a procura de um bom local, de fato a técnica em que tinha em mente era um tanto brutal, mas antes...

Mais uma vez soltei as amarras do kimono e o estendi no chão, me agachei e deitei em cima do tecido, cruzei os braços e fiquei deitado, demorei para começar a me concentrar na tarefa. Eram tantas as coisas em que haveria de fazer, tantas coisas que ao longo dos anos eu não poderia nem sequer pensar em fazer. Só então comecei as abdominais, as repetições seriam exaustivas, isso era um fato, mas eu faria. Parei na terceira e deitei no tecido, em seguida deixei meu olhar acompanhar uma nuvem em especifico, só então mudei para encarar a imensidão daquele céu azul. Soltei um breve suspiro, estava preparado para o treino, mas minha mente estava hesitante: Ergui o tronco pronto para continuar com o treinamento, não poderia perder o foco, voltei a dar inicio ao treino. Uma vez eu havia imaginado que nunca precisaria a recorrer a tais métodos, tão rústicos, tão cansativos, mas era inegável como se mostravam eficiente, sem duvida.

As cinco primeiras abdominais foram fáceis, já sentia os músculos queimando em uma sensação prazeroso, confesso, tão diferente de treinar apenas minha mente que simplesmente me dava razão para continuar a suportar as adversidades e ocorrência da vida, treinar meu corpo me dava uma base solida para persistir. Uma, duas. Parei e fitei a copa de uma arvore, meu abdomen começava a fraquejar, acho que parar tornaria as coisas piores. Continuei com o exercício, minha respiração mudava, ainda não estava suando, era outra coisa calor. A temperatura não era ruim,  mais repetições, dor cansaço, tudo contribuía para que eu desistisse da ideia de forjar meu propio corpo,mas apesar de tudo que sentia, continuei. vinte e duas repetições a dor e os espasmo na barriga eram estranhos, era novo.

Tomei um longo tempo para me recuperar, sabia que deveria focar em outra coisa, então assim o fiz. Dobrei o kimono próximo da arvore e voltei para mais ao centro de uma clareira. Agachei e saltei, bati as mãos em um simples exercício conhecido como polichinelos, mantive os mesmo movimentos por longas sequencias, era diferente considerando que este eu conseguia manter por um tempo bem maior. Ao fim de uma sequencia de 51 repetições, esfreguei a mão em minha fronte sentido a palma empapa com suor, deveria de encontrar um córrego e lavar as roupas e tomar um banho...

Assim que me refresquei em um dos raros afluente da região voltei a vestir e usar meus equipamentos atuais, embora soubesse que a técnica que havia separado era algo bruta, o local em que eu estava não iria afetar as redondezas, e talvez dentro de algumas semanas o gelo já derreteria.

Tomei um longo folego, só então movi minha mão esquerda para minha propiá esquerda. Enquanto seguia com este movimento, tecia selos estranhos, parecendo 'cortados', mas seria um descrição simplória para tal ato, mas não mentirosa. O chakra inflou e solidificou o chão, em um simples movimento agachei e o toquei liberando uma torrente de espinhos da altura de um homem adulto, seguiam em trajeto em linha reta que subjugava e em consequência reproduzia um som de "crack" ao destroçarem a terra em sua passagem, e como se tal técnica fosse apenas um preludio para o ato final. Em mais ou menos quarenta metros o som de "crack" parou apenas por um breve segundo, então com um nitidez de ruir ossos "CrackerCRKIN" Um espinho que facilmente alcançava treze metros rompeu da terra perfurando a clareira e a dividindo em duas.

Voltei a puxar o ar do local, agora gelado como Kirigakure, observei a proeza de tal jutsu, assenti e tornei a voltar para a entrada do esconderijo, mesmo minha dieta sendo de pequenas lebres, embora soubesse que minha visita ao pais do som estaria chegando ao fim, dormiria pensando no amanha.

O que me acordou foi algo bom, algo comum, um indicio de brisa quente sabe? Ela me fez cocegas no nariz, me trouxe boas lembranças, consequentemente despertei. Por um instante não consegui  dizer onde estava. Senti tal descoberta um tanto atordoado, mas logo voltei ao meu ser habitual, estava próximo de um esconderijo abandonado no Pais do som. Recolhendo todos meus equipamentos caminhei em direção ao vento, sem destino definido,  mentira, detinha um ultimo objetivo, teria de ir até a aldeia Fuuma. Eu, mais do que ninguém sabia que os Yuki não tardariam em mandar alguém ou coisas piores em meu encalço, seria interessante se o fizerem. Dois meses fora da vila, e nesse tempo acumulei mais sabedoria do que jamais obtive em meus anos dentro da aldeia, dei de ombros, deveria repetir tal coisa em um futuro próximo, isto é se eu ainda fosse capaz de retornar.

Em meio do caminho da vila mais próxima sentei em um tronco caído, claro, conferi se nenhum animal rastejante ou incomum estaria ali perto, não que isso fosse importante, mas não era  fan de cobras e sapos, era uma verdade que poucas sabiam sobre mim. Balancei as mãos em um ritmo propio, um maestro guiando os sons da natureza, embora, soubesse que meu tempo no pais já estivesse no fim, não era ruim aproveitar um pouco do clima. Em seguida, parei o que estava fazendo e direcionei minha vontade em um breve treino: A tarefa de aquecer meu chakra, puxei a energia dos recantos mais profundos do meu espirito e corpo, de lá moldei e desloquei, tal energia que se direcionaria apenas por minha vontade a percorrer todo meus tenketsus, ser capaz de congelar lagos e arrasar corpos saudáveis como os mais terríveis inverno, esse era eu.

Manter o controle e a mentalidade shinobi eram duas tarefas distintas, difíceis ao longo de um curto tempo, porém, ao treinar começava a ficar cada vez mais fácil. "Eu acredito que o chakra no corpo de um shinobi não era algo individual, mesmo em exaltação não se tem como perder o propio controle, sabe, você precisa moldar amassar e lançar, pelo menos é a minha experiencia até o momento, não que eu já tenha ficado enfurecido... Tenho de estudar mais." Mesmo de olhos abertos deixei a mente perder o foco, ignorei a visão da floresta e deixei minha mente agir. " A fera mostra os dentes. Seus olhos enlouquecidos estão cravados em mim desesperados e assassinos. Mas, em vez de sair correndo e a encaro de cabeça erguida, sou idiota em faze-lo, mas tenho uma arma na mão direta; uma senbon, e se eu falhar em lançar como falhei anteriormente?" Então desperto da meditação sentido meu chakra se agitar com o pensamento de perigo, deveria usa-lo de outra forma, me acalmar.

Esse chakra percorria meu corpo o aquecendo, algo comum, um truque eu diria. Foi então que uma simples folha rodopiou no ar em minha direção, de imediato levantei e a peguei, a coloquei na palma de minha mão direita e usei a esquerda para pressionar  entre ambas. Controle, fino, mais fino. Direcionei o fluxo para as mãos a tornando tão afiada como conseguia, mais fino, mais controle. Um tanto simplório, mas eficaz. Em breves segundos a liberei a lançando para o alto, e simplesmente assistir quando esta se separava e caia em direção do solo, centenas de pedacinhos.

Assim que sentir que meu controle se solidificava com o treino de Fuuton, o fiz convergir ao meu redor, de imediato como se tivesse rejeitando ser usada de tal forma, o moldei e liberei em uma pequena onda poder. Ergui uma das mãos formando apenas um selo, em seguida dirigi toda a energia ao meu redor. - Desvaneça. - Comentei em bom tom, por capricho eu diria. O local se tornava gelado, sempre era assim, não poderia e nem queria mudar o rumo das coisas. mais um vez formei mais um selos, então houve um explosão; aquele gelo tão primitivo que havia se formado gritou em protesto se lançando ao redor, eu conseguia sentir cada fragmentos se contorcendo ao meu redor, como se meu propio universo estivesse expulsando aquela "arte gelada" para fora de meus domínios...

Olhei em volta, tronco brevemente congelado, gramíneas adquiriram coloração esbranquiçada, e algumas das arvores mais proximas ganharam cicatrizes e fragmentos de gelo em seus troncos, havia concluído a técnica.

Caminhei em direção da Vila Fuuma, era próxima do local em que eu estava, creio eu...